quinta-feira, 7 de outubro de 2010

DUAS OPÇÕES




Luis é o tipo de cara que você  gostaria de conhecer". 
   "Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo  de positivo para dizer". 
 
   Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a  resposta seria logo:
  
  "Ah.. Se melhorar, estraga".   
 
 Ele era um gerente especial em um restaurante, pois  seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.
 
Ele era um motivador nato.
  
Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis  estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. 

    Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia  lhe perguntei:     
    "Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo".   
      "Como faz isso" ?  
    

    Ele me respondeu:     
    "A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo":   
    "Luis, você tem duas escolhas hoje:  
       Pode ficar de bom humor ou de mau humor.  
    Eu escolho ficar de bom humor".  
    

      Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher  bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido.   
    Eu escolho aprender algo.   

      Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar  a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.   
    Certo, mas não é fácil - argumentei.  
     
      É fácil sim, disse-me Luis.   
    

    A vida é feita de escolhas.     
    Quando você examina a fundo, toda situação sempre  oferece escolha.   
    Você escolhe como reagir às situações.  
     

  Você escolhe como as pessoas afetarão o seu  humor.  
É sua a escolha de como viver sua vida.  
 
Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava  dele quando fazia  uma escolha.  
 

Anos mais tarde, soube que Luis um dia cometera um  erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã.  
 
Foi rendido por assaltantes.   
 

   Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão  tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo.  
Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele.   
Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e  levado para um hospital..     
 
 

Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de  tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.   
Encontrei Luis mais ou menos por acaso. 
 

Quando lhe perguntei como estava, respondeu:   
"Se melhorar, estraga".    
Contou-me o que havia acontecido perguntando:  
"Quer ver minhas cicatrizes"? 
 
 
 

Recusei ver seus ferimentos,  mas  perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do  assalto.  
A primeira coisa que pensei foi que deveria ter  trancado a porta de trás, respondeu.  
 

Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei  que tinha duas escolhas:  
 
"Poderia viver ou morrer".  
"Escolhi viver"! 
 
 

Você não estava com medo? Perguntei.    
"Os para-médicos foram ótimos".  
" Eles me diziam que tudo ia dar certo e  que ia ficar bom".     

"Mas quando entrei na sala de emergência e vi a  expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado".  

Em seus lábios eu lia:   
"Esse aí já era".      
Decidi então que tinha que fazer algo
 
O que fez ? Perguntei. 

Bem.. Havia uma enfermeira que fazia 
muitas  perguntas.   
Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.  
 
 
 

Eu respondi: "sim".   
Todos pararam para ouvir a minha resposta.   
Tomei fôlego e gritei; "Sou alérgico a balas"!  
 
 
 

Entre risadas lhes disse: 
   
"Eu estou escolhendo viver, operem-me como um  ser vivo, não como um morto".    
 

Luis sobreviveu graças à persistência dos médicos...  mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira. 

E com isso, aprendi que todos os dias, não importa  como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente. 
Afinal de contas,  
"ATITUDE É TUDO". 



Colaboração de Sergio Lomonaco Nogueira

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