domingo, 16 de dezembro de 2012

Poema das Árvores, Arthur Nestrovski

Jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia)

Andiroba
Angelim
Mangueira
Imbuia
Jatobá
Marfim
Cabreúva
Pau-brasil
Cedrinho
Roxinho
Limoeiro
Jacarandá


Para fazer poema de árvore
Não precisa história
Não precisa metro
Não precisa rima
Basta dizer o nome delas
Já fica bonito


Arthur Nestrovski (Porto Alegre, 26 de dezembro de 1959) é um compositor, violonista, crítico literário e musical, escritor e editor brasileiro. Nomeado diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), assumiu a função em janeiro de 2010. Em 2012 foi nomeado também diretor artístico do Festival de Campos do Jordão.
Graduou-se em Música, pela Universidade de York, Inglaterra, em 1983. Obteve seu PhD em Literatura e Música pela Universidade de Iowa, EUA, em 1990. De 1992 até 2009 atuou como crítico de música clássica do jornal Folha de S.Paulo; e de 1999 a 2009 foi editor da PubliFolha. De 1991 a 2005 foi professor na pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC/SP; abandonou a carreira universitária para dedicar-se mais intensivamente à música.
Desde então gravou os cds solo Jobim Violão e Chico Violão, o disco de composições Tudo o Que Gira Parece a Felicidade e um disco de composições e arranjos, Pra Que Chorar (com o cantor Celso Sim), entre outros projetos. Apresenta-se regularmente com artistas como Zé Miguel Wisnik, Zélia Duncan, Tom Zé e Paula Morelenbaum, no Brasil e no exterior (Alemanha, Portugal, Polônia).
Renomado também como autor de livros para crianças (nove títulos até 2009), recebeu o Prêmio Jabuti de Livro do Ano de Ficção, em 2003, por Bichos Que Existem e Bichos Que Não Existem. Como editor, está à frente de grande número de publicações dos últimos 20 anos, com destaque para uma série de livros sobre música na PubliFolha (de Wisnik, Tom Zé, Arnaldo Antunes e Luiz Tatit, entre outros) e para a coleção "Folha Explica" (83 títulos publicados até dezembro de 2009).
Seu trabalho deixa marcas em várias frentes -- música, crítica (musical e literária), literatura infantil, edição e tradução -- de um modo incomum, mas característico de vários artistas contemporâneos no Brasil. As disciplinas se cruzam naturalmente em tudo o que ele produz, sem se prender a rótulos, e sempre com interesse voltado para a cultura brasileira, pensada de modo abrangente e aberto.


Fonte: Histórias de Avô e Avó. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998.  Ilustrações: Maria Eugenia. 2a ed., 1999. Selo “Altamente Recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

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